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AÇÕES

Campanha Alerta Vacinação

A AICSO, em parceria com a DGS, lança uma campanha sobre Vacinação e Cancro, dirigida à população geral e a profissionais de saúde, porque “maior proteção para a pessoa com doença oncológica está nas mãos de todos”.

As doenças oncológicas estão a aumentar?

A incidência e a prevalência das doenças oncológicas têm aumentado em todo o mundo e Portugal não é exceção. Em 2018, e segundo dados do Registo Oncológico Nacional, foram diagnosticados mais de 50 mil novos casos no nosso país.O envelhecimento da população, a maior exposição a agentes carcinogénicos ambientais (como o tabaco, o álcool, a radiação UV, entre outros), ou biológicos, como os vírus do papiloma humano e das hepatites, ajudam a explicar estes números. Tal como a adoção generalizada pela população ocidental de estilos de vida mais sedentários, com menor prática de atividade física, ou dietas alimentares pobres em hortofrutícolas e fibras e ricos em gorduras saturadas e alimentos processados.

Porque é a vacinação importante no doente oncológico?

Andreia Capela, presidente da AICSO e médica oncologista no Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia – Espinho, EPE, explica que “a pessoa com doença oncológica apresenta, na grande maioria das situações, um elevado risco para infeção, pela imunossupressão provocada pela própria doença, assim como pelos diversos tratamentos, e ainda por apresentar frequentemente outros fatores de risco, como desnutrição, idade avançada, disfunção de pelo menos um órgão. A vacinação deve ser encarada como forma de diminuir a gravidade de algumas infeções”, devendo ser encarada com um cuidado de suporte à pessoa que vive com e para além do cancro.

Existem vacinas que previnem o cancro?

A oncologista explica também que “há vacinas que previvem o cancro”. Dá como exemplo, a vacina contra o vírus do HPV (vírus do papiloma humano) que está comprovadamente relacionado com vários tipos de cancro: colo do útero (com o HPV a ser responsável por quase 100% dos casos), vagina, ânus, vulva, pénis e orofaringe. O outro exemplo é a vacina contra o vírus da Hepatite B, que pode prevenir o cancro do fígado.

De quem é a responsabilidade de garantir a adequada vacinação?

Andreia Capela refere que “a responsabilidade de garantir a adequada vacinação deve ser, sempre que possível, partilhada entre o próprio doente, o oncologista que o acompanha e o seu médico de família”. Mas, sublinha que, para tal acontecer “é necessário que haja um conhecimento adequado e transversal acerca desta temática”. A campanha de sensibilização e informação visa, por isso, dois grandes públicos-alvo: doentes e cuidadores, por um lado, e profissionais de saúde, por outro.

Estão previstas ações de sensibilização e informação sobre a importância, indicações e contraindicações de diferentes vacinas na pessoa com doença oncológica, bem como sobre a vacina contra o HPV, o vírus da hepatite B, a vacinação de viajantes e migrantes, entre outros temas. “É importante que as pessoas e os profissionais de saúde conheçam também o Programa Nacional de Vacinação e o seu cumprimento na doença oncológica. No caso específico dos profissionais de saúde, é de extrema importância esclarecer, por exemplo, sobre as vacinas que estão contraindicadas nos doentes sob tratamentos imunossupressores, como a quimioterapia”, salienta.

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